Tendências e desafios da tecnologia no
apoio à aprendizagem
A principal tendência é a integração das mídias sociais na relação com os alunos.
Aliar o uso da tecnologia na aprendizagem de um aluno é um desafio constante para as empresas de TI que trabalham para apoiar a educação.
A relação entre educação e tecnologia está mudando. Em vez da tecnologia promover a mudança na educação e ela dar o exemplo, há um crescente reconhecimento de que a relação entre os dois é uma troca dos dois lados e que a evolução da tecnologia e a mudança educacional acontecem ao mesmo tempo.
A NMC (New Media Consortium) publicou em fevereiro de 2014 o relatório sobre o uso da tecnologia no ensino superior que apontou as principais tendências, tecnologias emergentes e desafios do setor em três prazos distintos: menos que um ano, de dois a três anos, e de quatro a cinco anos.
Para a confecção do documento que aponta tendências nesta relação, no final de 2013, especialistas de treze países diferentes passaram três meses coletando pesquisas, artigos científicos, notícias, publicações em blogs e projetos para compilar informações e tentar antever as principais mudanças nos processos educativos.
De imediato, a principal tendência será a integração das mídias sociais no ensino superior. Essa mudança deverá ocorrer nos próximos dois anos.
De acordo com o relatório, as vantagens do uso dessas plataformas estão no diálogo mais informal entre alunos, entre professores, entre professores e alunos e até entre futuros alunos e as instituições. Além de estimularem o compartilhamento de histórias e experiências sobre os assuntos abordados em sala de aula. Pesquisas apontam que 2,7 bilhões de pessoas, quase 40% da população mundial, usam essas plataformas. Outra expectativa para um futuro próximo é a integração entre aprendizagem online, ensino híbrido e colaborativo.
Ampliar o universo educacional não será tarefa fácil, mas é preciso dar o primeiro passo.
A criação dos cursos a distância (EAD) pode ser considerada um avanço ou até mesmo o início do desafio de incluir a TI na educação. Na EAD são utilizadas plataformas online que tornam-se verdadeiras facilitadoras dos trabalhos em grupo, aprimorando cada vez mais o ambiente de aprendizagem. Segundo o estudo elaborado pela NMC, as plataformas vêm melhorando a comunicação entre os alunos e a execução de projetos mais conectados com a realidade do trabalho.
Outra tendência é a Quantified Self (“quantificar você mesmo”) que deverá ser incluída na educação, no máximo em até cinco anos. A Quantified Self faz o uso de dispositivos portáteis, como relógios e óculos, que são projetados para coletar informações dos usuários e criar um banco de dados de parâmetros individuais. Com essa tendência, a pessoa poderá acompanhar e acumular dados sobre elas mesmas e sobre o funcionamento do seu corpo.
Além disso, ao monitorar hábitos de leitura ou a postura do aluno em uma aula, seria possível usar este conjunto de dados para mudar e melhorar os resultados da aprendizagem.
Essa tendência pode parecer que vai de encontro com a questão do uso do celular na sala de aula. Mas, analisando melhor a situação, se não se pode vencer os alunos que insistem em usar celular na sala de aula, o melhor é juntar-se a eles.
Durante o British Education and Training Technology (BETT) 2014, realizado na Inglaterra, o uso de celulares em salas de aula ganhou uma nova perspectiva. Ao invés de mandar que os alunos desliguem seus telefones, os professores podem usá-los como ferramentas durante o aprendizado, especialmente com relação à busca de conteúdo.
A exigência hoje não é para que o aluno saiba de tudo, mas sim que saiba como encontrar informação, filtrá-la por relevância e aplicá-la.
Com a TI na educação será possível criar as Assistentes Virtuais, ou seja, a evolução de interfaces (como celulares, computadores e TVs) controladas a partir de comandos de voz e gestos.
A tecnologia aplicada à educação facilitará o diálogo entre alunos e professores e até mesmo entre futuros alunos e as instituições.
A junção da educação com a tecnologia estimula o aprendizado e incentiva a continuidade dos estudos. Como tudo é monitorado, é possível acompanhar o desenvolvimento do aluno mapeando os acessos aos sistemas, especialmente na EAD e ensino que mescla o presencial com o online. Essa evolução no sistema educacional faz com que o ensino deixe de ser uma alternativa apenas presencial. A opção a distância torna-se uma nova ferramenta de ensino personalizado.
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