quarta-feira, 22 de novembro de 2017


O que é PBL, afinal ?
























Tanto a aprendizagem baseada em projetos quanto a educação STEAM (ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática) estão crescendo rapidamente em nossas escolas. 

Algumas escolas estão fazendo STEAM, algumas estão fazendo PBL, e algumas estão aproveitando os pontos fortes de ambos. Tanto PBL como STEAM ajudam as escolas a atingir a aprendizagem rigorosa e a resolução de problemas. Como muitos professores sabem, a educação STEAM não é apenas o conteúdo do curso - é o processo de ser cientistas, matemáticos, engenheiros, artistas e empreendedores tecnológicos. Aqui estão algumas maneiras pelas quais PBL e STEAM podem se complementar em sua sala de aula e escola.








O método PBL (Problem Based Learning -) é uma estratégia pedagógico/didática centrada no aluno. Tem sido aplicada em algumas escolas nos últimos 30 anos e trata-se de um método de eficiência comprovada por inúmeras pesquisas no campo da psicopedagogia e da avaliação de desempenho dos profissionais formados por esse método. Não se trata portanto, de método experimental. 

O currículo tradicional, baseado na divisão de disciplinas, que a maioria das escolas adota, surgiu na década de 20, nos Estados Unidos. O número de publicações e os meios de divulgação de conhecimentos aumentou drasticamente. 

O resultado foi uma compressão absurda de informações nos quatro primeiros anos de curso, com sobrecarga do cognitivo e pulverização do conhecimento. Dois dos principais problemas deste método hoje clássico são a falta de integração entre as disciplinas, principalmente entre as da base e as específicas e a excessiva autonomia do docente frente a sua disciplina. 

As formas de controle desta autonomia, através das ementas e programas aprovados pelos órgãos colegiados, raramente conseguem impedir que os docentes incorporem, a cada ano, mais conteúdo, de forma indisciplinada e relativamente anárquica. 

As avaliações, acompanhando estes problemas, são muito freqüentes, geralmente restritas à esfera cognitiva, coordenadas apenas pelo docente que as faz segundo seu critério de importância, muitas vezes exigindo esforço descabido por parte do aluno e resultando na prática de estratégias pedagógicas "terroristas". 

Desde a década de 50 currículos alternativos têm sido propostos para controlar estes males, geralmente com pouco sucesso e vida mais ou menos efêmera. 

Há, hoje, um consenso entre os educadores que o aprendizado deveria ser mais centrado no aluno, que deveria dispor de mais carga horária para atividades de pesquisa e de estudo. 

A partir da década de 70 uma melhoria do conhecimento da psicologia do aprendizado do adulto tem surgido, mostrando a importância de sua participação ativa na incorporação do conhecimento.





Parte destes conhecimentos foram desenvolvidos a partir dos estudos de Paulo Freire, parte das teorias de Jean Piaget e sua epistemologia genética e ainda outra parte nos estudos de psicopedagogos que tem trabalhado junto às escolas médicas citadas. 

O PBL se desenvolveu dentro deste contexto e tem acompanhado suas mudanças. O elemento central no aprendizado é o aluno. Ele é exposto a situações motivadoras nos grupos tutoriais, em que, através dos problemas, é levado a definir objetivos de aprendizado cognitivo sobre os temas do currículo. 

Um dos fundamentos principais do método é que devemos ensinar o aluno a aprender, permitindo que ele busque o conhecimento nos inúmeros meios de difusão do conhecimento hoje disponíveis e que aprenda a utilizar e a pesquisar estes meios. 

A diversidade, ao contrário da unicidade do conhecimento do professor, é o objetivo. Esta postura faz sentido no mundo atual, pois, raramente, os assuntos aprendidos nos primeiros anos permanecerão intocados quando o aluno estiver se formando. Só a postura de estudo e aprimoramento permanente torna possível a sobrevivência profissional em um mundo de economia e conhecimentos globalizados. 

A agilidade é outro elemento que o aluno precisa aprender ainda na escola média, assim como a criatividade de explorar novos métodos de organização profissional. 

A avaliação dos alunos formados em escolas que adotam o método tem podido demonstrar que eles são mais independentes, retém por mais tempo os conhecimentos adquiridos e desenvolvem uma postura inquisitiva e de estudo permanente. 

Bases do currículo: 

O currículo baseado em um método PBL objetiva apresentar seus conteúdos ao aluno de modo integrado e integrador de conhecimentos. 


O primeiro momento do currículo: 

O currículo deve formar no ensino médio uma visão geral, um indivíduo preparado para ingressar em um curso de graduação, um indivíduo preparado para entrar em uma carreira profissional ou uma mistura dessas coisas? 

Que habilidades o aluno deve apresentar ao fim do curso? 

Quanta ênfase deve ser dada a aspectos éticos e de comunicação com o aluno? 

Composição do currículo: 

Com base nestas definições prepara-se um elenco de situações que o aluno deverá saber/dominar. 

Este elenco é analisado situação por situação para que se determine que conhecimentos o aluno deverá possuir para cada uma delas. A constituição dos temas de estudo. Estes temas são agrupados em módulos temáticos por afinidades. Cada tema será transformado em um problema para ser discutido em um grupo tutorial, quando se tratar de um tema que diga respeito à esfera cognitiva. 


 Adequação do curriculo: 

Em um currículo no qual se pretenda uma visão geral, geralmente parte-se das realidades mais prevalentes na região onde o aluno vá atuar e nas práticas/habilidades que deverá possuir. 








https://www.edutopia.org/blog/pbl-and-steam-natural-fit-andrew-mille


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