quarta-feira, 13 de dezembro de 2017


MÉTODO MONTESSORI:  EDUCAR CRIANÇAS FELIZES



Os princípios do Método Maria Montessori de educação é aplicável a todos, mesmo em casa e não havendo à disposição os materiais didáticos que fazem parte do método escolar.





Método Montessori é o nome que se dá ao conjunto de teorias, práticas e materiais didáticos criado ou idealizado inicialmente por Maria Montessori. 

De acordo com sua criadora, o ponto mais importante do método é, não tanto seu material ou sua prática, mas a possibilidade criada pela utilização dele de se libertar a verdadeira natureza do indivíduo, para que esta possa ser observada, compreendida, e para que a educação se desenvolva com base na evolução da criança, e não o contrário.




De acordo com Maria Montessori, o centro da aprendizagem é a própria criança que, com sua curiosidade natural, explora e dá ainda mais vazão à sua necessidade de aprender, se tiver à sua disposição um ambiente adequado, variado e estimulante. As crianças devem ser livres para escolherem os materiais, os brinquedos e as ferramentas que preferirem usar em cada etapa de seu crescimento, pois, cada experiência é uma oportunidade de aprendizagem.



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Refletindo sobre o Método Montessori para inspirar pais, educadores e professores.

1. Ambiente e ordem


Maria Montessori acreditava que as crianças aprendem melhor em um ambiente arrumado. O conselho é criar seções diferentes em uma prateleira para armazenar livros, quebra-cabeças, jogos, bonecas, carrinhos, etc, tudo separadamente.


É aconselhável escolher recipientes como cestas e caixas que devem ser colocadas a uma altura facilmente alcançável pelas crianças. Também é importante ensinar a criança a arrumar cada brinquedo em seu lugar depois de tê-lo usado. Os pais devem apenas deixar à disposição os brinquedos adequados para cada idade e deixar que a criança seja livre para escolher o que quiser, mas manter a ordem e brincar com uma coisa de cada vez é muito importante.


2. Movimento e Aprendizagem


De acordo com Maria Montessori, as crianças precisam se concentrar em algumas atividades que exigem o uso e o movimento das mãos. Pense na cena clássica em que uma criança aprende a empilhar cubos um em cima dos outros. 


Nesta atividade, que parece um jogo, a criança não está apenas se divertindo, mas está aprendendo a importância da concentração e da coordenação.


3. Livre escolha


Maria Montessori acreditava que a liberdade de escolha foi o mais importante processo mental do ser humano. As crianças aprendem muito mais e absorvem mais informações quando elas são deixadas livres para fazerem suas próprias escolhas.


A liberdade de escolha não significa liberdade para fazer o que quiser, sem regras. Trata-se de uma liberdade que leva a criança à capacidade de escolher a coisa certa a fazer. E para a criança a coisa certa é decidir o que fazer para atender as suas próprias necessidades e dar um novo passo no seu processo de crescimento.


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4. Estimular o interesse

A criança aprende melhor se viver em um ambiente estimulante e cheio de objetos interessantes que atraiam a sua atenção. Mas isso não significa comprar a loja inteira de brinquedos. Crianças amam os nossos objetos do dia a dia como peneiras, panelas, colheres de pau.
Fique atento a não dar objetos muito pequenos que possam ser perigosos para os “menorzinhos”. Se puder, ofereça vários livros diferentes, materiais para fazer novos pequenos objetos artesanais, deixe ferramentas para desenhar e colorir à disposição da criança e tudo o que possa estimular a sua criatividade. Até mesmo uma música clássica ou relaxante pode ser útil durante o jogo e a aprendizagem.
Maria Montessori não gostava de sistemas de ensino baseados em prêmios e punições porque ela acreditava que a melhor recompensa para a criança é ter conseguido aprender a fazer sozinha uma coisa nova, graças a sua curiosidade e a sua força de vontade.
De acordo com o Método Montessori, o verdadeiro prêmio é ser capaz de atingir a meta: completar um quebra-cabeça, regar a planta sem deixar a água cair.
Nisso, um alerta: deixe a criança errar e acertar sozinha. O problema atual dos pais é não conseguir manter a ansiedade e querer ajudar a criança a completar sua tarefa. Deixa a criança fazer sozinha, ela é muito mais capaz do que você supõe.

5. Recompensas

Montessori escreveu que o desenvolvimento se dá em “planos de desenvolvimento”, de forma que em cada época da vida predominam certas necessidades e comportamentos específicos. 
Sem deixar de considerar o que há de individual em cada criança, Montessori pode traçar perfis gerais de comportamento e de possibilidades de aprendizado para cada faixa etária, com base em anos de observação.

6. Atividades práticas
A aprendizagem das crianças de acordo com o Método Montessori, se dá especialmente através de atividades práticas durante os anos pré-escolares. As atividades práticas ajudam o seu filho a estimular os sentidos do tato, visão e audição, essenciais para aprender a ordem, a concentração e a independência.
Deixe teus filhos ajudarem a limpar a casa, a cozinharem, cuidar da horta, até mesmo a costurar, pregar um botão com uma agulha não pontiaguda.

7. Grupos com crianças de diferentes idades

Na escola montessoriana as crianças estão distribuídas em diferentes classes com base na idade, mas Maria Montessori acreditava muito na formação de grupos mistos com crianças de diferentes idades porque sentia que isso era um estímulo para a aprendizagem.
Por exemplo, as crianças mais jovens ficam intrigadas com o que as mais velhas fazem e pedem ajuda a estas. Por sua vez a criança mais velha fica feliz em ensinar o que ela faz e já aprendeu. Este conselho é muito importante para os pais que têm crianças de diferentes idades.
As atividades que podem ser feitas dentro de um grupo misto podem incluir: desenho, jardinagem, esportes, brincadeiras de rua etc. Um dos princípios subjacentes ao método Montessori é deixar as crianças interagirem com as próprias crianças de diferentes idades, para que elas aprendam umas com as outras.

8. Importância do contexto
É importante, de acordo com o Método Montessori, que os temas e os conceitos a serem aprendidos sejam colocados no contexto certo. Desta forma, as crianças vão entender e lembrar melhor deles. Exemplos concretos são mais fáceis de entenderdo que conceitos abstratos.
Este princípio prega além do mais que é essencial que as crianças aprendam fazendo em vez de (tentarem) aprender simplesmente escutando a lição.

9. O papel do professor

Para Maria Montessori o papel do professor é o de gerir e facilitar as atividades dos alunos. Não é uma pessoa que dá uma palestra falando sobre os tópicos que ensina, é um auxiliar no processo de aprendizagem que a criança pode alcançar sozinha.

10. Independência e autodisciplina

O Método Montessori encoraja as crianças a desenvolverem a independência e autodisciplina. Com o tempo, as crianças vão aprender a reconhecer quais são as suas paixões e suas inclinações e te farão entender o estilo de aprendizagem que elas preferem.
Algumas crianças gostam de leitura, enquanto outras são mais propensas a atividades práticas. Maria Montessori buscou unir, de uma forma equilibrada, todos os aspectos da aprendizagem, de modos que os princípios básicos do seu método, possam ser aplicados por todos. No entanto, na Itália, país de origem de Maria Montessori, para ser um professor montessoriano, é necessário passar por uma formação montessoriana, mas isso não impede que muitos docentes misturem ou usem o método nos aspectos em que acreditam. Muitos destes aspectos também podem aplicados em casa. O Método Montessori é genial e vai além da aprendizagem escolar pois, viver é aprender

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Dando suporte a todo o resto, os seis pilares educacionais de Montessori são*:
  1. Autoeducação
  2. Educação como ciência
  3. Educação Cósmica
  4. Ambiente Preparado
  5. Adulto Preparado
  6. Criança Equilibrada

AUTOEDUCAÇÃO – Trata-se da ideia radical de que a criança é capaz de aprender sozinha. Todas as crianças aprendem algumas coisas sozinhas: andar, falar, comer, pegar, reconhecer voz e aparência, receber e fazer carinho. 
Em Montessori, nós confiamos na criança. Sabemos que se ela puder contar com o meio adequado, pode desenvolver quase tudo de forma independente e livre. Por isso, usamos materiais específicos, que são feitos para (1) serem manipulados pela criança, (2) trabalhando um novo desafio de cada vez e (3) dando a ela a chance de perceber seus próprios erros. Com liberdade cada vez maior de escolha, e total liberdade para repetir quantas vezes quiser cada exercício, a criança autoeduca-se constantemente e com sucesso.
EDUCAÇÃO CÓSMICA – Há muitas formas de se manter desperto o interesse da criança pelo mundo. Uma das mais belas é perceber que todas as coisas estão profundamente conectadas e dependem umas das outras para existir. Isso permite à criança desenvolver um senso de gratidão para com tudo o que há no mundo e perceber a ordem subjacente à natureza e ao universo. Havendo ordem, há relações entre as coisas, e havendo relações, sempre é possível fazer mais uma pergunta. 
Estruturar a parte da educação que tem a ver com a transmissão do conhecimento pela via das perguntas e das histórias é um dos papéis do educador montessoriano, que deve ser profundamente encantado pelo universo, para manter desperto o desejo da criança de saber sempre mais.
EDUCAÇÃO COMO CIÊNCIA – A estrutura escolar mais comum hoje deriva de uma organização da época da Revolução Industrial e foi baseada em hierarquias rígidas e relações de poder verticalizadas – e não naquilo que era melhor para o desenvolvimento da criança. 
Montessori era psiquiatra, e começou uma transformação na educação quando desenvolveu o Método da Pedagogia Científica (hoje chamado de Método Montessori). Por meio da constante observação das ações da criança, nós descobrimos, histórica e diariamente, o que ajuda o seu desenvolvimento e quais são as características de uma educação que, mesmo sendo mais eficiente do que a tradicional do ponto de vista do conteúdo trabalhado, colabora constantemente para a construção do equilíbrio interior e da felicidade na vida da criança e do adolescente.



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