terça-feira, 21 de novembro de 2017



Afinal, autopoiese ou não ?






A teoria autopoiética tem como idéia básica um sistema organizado auto-suficiente. 

Este sistema produz e recicla seus próprios componentes diferenciando-se do meio exterior. O termo Autopoiese foi criado pelos biólogos chilenos Humberto Maturana e Francisco Varela. 

A teoria Autopoiética tem sido aplicada em Imunologia, na interação homem computador, sociologia, economia, filosofia e administração pública. No desenvolvimento do trabalho será exposto trechos de várias páginas da Internet seguido de um breve comentário.

"Há uma circularidade essencial na natureza dos sistemas vivos:

Eles exibem uma circularidade configuracional na constituição de seus componentes, que são rigorosamente interconectados e mutuamente interdependentes. 

Sistemas vivos exibem uma circularidade temporal (i.e., ciclicidade) em seu comportamento, o que evidencia a ausência de qualquer "propósito" intrínseco - eles vivem na manutenção de sua integridade constitucional e configuracional. 

Uma vez que haja suficiente complexidade neural e recursividade, um sistema vivo pode gerar, manter e re-engajar-se em padrões de fenômenos internos (descrições) desencadeados por perturbações externas. Isto permite ao sistema funcionar como um observador dentro do escopo epistemológico circunscrito por estas circularidades constitucionais e comportamentais."



O conhecimento é algo do qual nenhum ser humano pode escapar. O ser humano está, desse modo, destinado ao conhecimento. 

Entretanto, a ideia de um conhecimento influenciado por determinados fatores, não é, certamente, um pensamento bem-vindo para nós seres humanos que primamos tanto pela autonomia de nossos pensamentos e de nossa capacidade de compreensão imediata do mundo e da realidade. 







Segundo Humberto Maturana e Francisco Varela, todos os organismos funcionam devido a seu acoplamento estrutural, ou seja, devido à sua interação com o meio, que se caracteriza por uma mudança estrutural contínua (que não cessa enquanto houver vida) e, ao mesmo tempo, pela conservação dessa recíproca relação de transformação entre o organismo (unidade) e o meio, pois a forma como ocorre esse processo depende do meio e do contexto em que se vive. Isso significa que, embora sejamos determinados por uma estrutura biológica, essa determinação estrutural não implica num reducionismo biológico, pois o meio interfere na forma com que iremos interagir com nossas próprias estruturas. 

Apesar de seus limites, o ser humano está em constante processo de construção e autoconstrução e sua interação com o meio ocorre a partir de uma regulação circular, na qual o meio age sobre o indivíduo e o indivíduo age sobre o meio e não a partir da sobreposição e determinação de um sobre o outro, apenas considera-se que, diferentemente do que se convencionou pensar sobre a determinação filogênica, a Autopoiesis não considera que o meio seja determinante de uma estrutura ontogênica, ele “apenas” participa de sua transformação. 

Fechando o assunto, produtor e produto, tem tudo com nossa realidade....


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