Desenvolvendo competências
Segundo a neurociência, podemos sempre aprender... e no processo de ensino-aprendizagem não há padrão !!!!!
Existem diferentes formas de compreender o termo “competência” na educação. Muito em voga desde a década de 1990, o conceito ganhou forças com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), em 1996, que propunha, em seu texto, que o currículo escolar do ensino médio seja orientado para o desenvolvimento de competências fundamentais ao exercício da cidadania.
De acordo com o Dicionário Interativo da Educação Brasileira (Dieb), o Ministério da Educação adota em suas orientações uma abordagem de Jean Piaget(psicologia) e Noam Chomsky (linguística) para dialogar sobre o tema, entendo que as competências são ações de pensamento “em rede” (sistêmicas) necessárias para estabelecer e compreender “relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer”.
Em perspectiva semelhante, o sociólogo suiço Philippe Perrenoud defende que “competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações etc.) para solucionar uma série de situações”.
O autor, que apresentou o conceito no livro 10 Novas Competências para Ensinar, relacionou as principais condições para se ensinar bem em uma sociedade em que o conhecimento está cada vez mais acessível:
1- Organizar e dirigir situações de aprendizagem;
2- Administrar a progressão das aprendizagens;
3- Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação;
4- Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho;
5- Trabalhar em equipe;
6- Participar da administração escolar;
7- Informar e envolver os pais;
8- Utilizar novas tecnologias;
9- Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão;
10- Administrar a própria formação.
Segundo o autor, a competência pressupõe operações mentais, capacidade para usar habilidades, emprego de atitudes adequadas à realização de tarefas.
O conceito de competência é um conjunto simbólico de habilidades e está intimamente relacionado à ideia de laboralidade (do “fazer concreto”). Por isso, a escolha da perspectiva de educar por competências e habilidades aumenta a responsabilidade das instituições de ensino na organização dos currículos e das metodologias que propiciam a ampliação de capacidades como resolver problemas novos, comunicar idéias, tomar decisões.
A competência como condição prévia do sujeito, herdada ou adquirida – relacionada a talento, dom ou extrema facilidade; a competência como condição do objeto independente do sujeito que utiliza – por exemplo, quando julgamos um professor pela “competência” do livro que adota ou pela escola que leciona; e a competência relacional que considera a interação entre o sujeito e o objeto.
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