Educação e Mobilidade: celular em sala de aula
A evolução das tecnologias da informação e comunicação experimentadas na atualidade permitiu a produção e compartilhamento de inúmeras linguagens, variados tipos de acesso informacional e a interação entre seus usuários.
A convergência de mídias para um só aparelho permitiu, segundo Santaella, (2005, p.390) o desenvolvimento de uma nova linguagem: a hipermídia. Explica a autora que:
Depois de passarem pela digitalização, todos esses campos tradicionais de produção de linguagem e processos de comunicação humanos juntaram-se na constituição da hipermídia. Para ela convergem o texto escrito (livros, periódicos científicos, jornais, revistas), o audiovisual (televisão, vídeo, cinema) e a informática (computadores e programas informáticos). Aliada às telecomunicações (telefone, satélites, cabo) das redes eletrônicas, a tecnologia da informação digital conduziu à disseminação da informação. (SANTAELLA, 2005, p. 390)
Nessa perspectiva, a evolução das tecnologias móveis permitiu a popularização de aparelhos celulares que propiciam aos seus usuários: mobilidade e conectividade, isto porque, de acordo com Lemos (2007, p. 131):
Dentre as tecnologias móveis, o telefone celular tem sido o dispositivo maior da convergência tecnológica e da possibilidade de exercício efetivo dessa “rebelião” política, mas também de constituição de relações sociais por contato imediato, seja através de voz, SMS, fotos ou vídeos.
Assim sendo, a integração das tecnologias móveis, considerando o movimento mobile learning na Educação ainda é considerada como algo ruim e impraticável. Saccol, Schlemmer e Barbosa (2011, p. 30): explicam que: "Em boa parte das instituições formais de ensino o uso de telefones celulares é restrito, por uma espécie de convenção social." Nesse sentido, apoiados em legislações que visam a proibição do uso de celulares e afins em sala de aula, professores e gestores buscam motivos para não explorar o seu uso.
Diante do cenário apresentado, a formação docente também recebe desafios, pois a sociedade do conhecimento requer um profissional que esteja apto e aberto a mediar o conhecimento, tendo como ferramentas imprescindíveis a informática e as mídias digitais, pois de acordo com Behrens (2000, p. 78)
Num mundo globalizado, que derruba barreira de tempo e espaço, o acesso à tecnologia exige atitude crítica e inovadora, possibilitando o relacionamento com a sociedade como um todo. O desafio passa por criar e permitir uma nova ação docente na qual professor e alunos participam de um processo conjunto para aprender, de forma criativa, dinâmica e encorajadora, e que tenha como essência o diálogo e a descoberta.
Assim é preciso que gestores, professores comunidade escolar em geral, compreendam a urgência de se abrirem ao novo, uma vez que as tecnologias móveis, de acordo com os entendimentos supracitados, são ferramentas de grande valia para a ocorrência do ensino e aprendizagem, pois propiciam a construção do saber de forma prazerosa, atraente e significativa.
Contudo, de acordo com Schlünzen (2000, p. 192) somente teremos ambientes de aprendizagem “Construcionista, Contextualizado e Significativo”, quando a escola permitir a transformação na prática pedagógica instrucionista do professor.
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