Rapid E-learning
Antes do Rapid E-learning
No modelo “artesanal” de desenvolvimento de cursos on line, o modo de produção de conteúdo mais adotado é baseado no modelo ADDIE, sendo estruturado por cinco fases de produção: diagnóstico, análise, desenho, produção e entrega.
Cada uma das fases do processo tem uma função bem definida e limitada, e é necessário concluí-las sequencialmente, como a seguir:
Diagnóstico – Identificação de informações gerais sobre o treinamento, incluindo escopo, público-alvo e responsáveis pela parte do cliente.
Análise – Identificação e organização pedagógica dos objetivos de aprendizagem. O produto final desta fase é o mapa de curso, a pedra fundamental sobre a qual o curso é construído.
Desenho – Coleta e desenvolvimento pedagógico do conteúdo do curso. Criação do storyboard, rascunho do curso feito geralmente em formato de apresentação PowerPoint, para que cada tela seja validada pelo cliente.
Produção – Com o storyboard finalizado e validado pelo cliente, é iniciada a produção do curso, ou seja, a transformação deste em interface gráfica apropriada para educação a distância.
Entrega – O curso finalizado é entregue ao cliente para o último ciclo de validação.
Na prática, esse modelo resulta em muitos desafios, como a dificuldade de compartilhar e atualizar informações entre fases. Outro grande desafio são as inadequações no conteúdo ou no direcionamento do curso que não são identificadas rapidamente, pois as validações internas e do cliente só são realizadas ao final de cada fase.
A fase de desenho, por exemplo, consome um tempo considerável do cronograma do curso, pois a criação do storyboard tende a ser demorada e o resultado final pode ser um curso ineficiente, que custou caro ao cliente e não atende às necessidades do público-alvo.
As vantagens do Rapid E-learning Para resolver os problemas clássicos do desenvolvimento “artesanal” de cursos, o Rapid E-learning propõe uma mudança de estrutura, organização e tecnologia de criação.
A solução para garantir a qualidade e a redução de prazos no desenvolvimento veio com a mudança do fluxo de trabalho: ao contrário do modelo em cascata visto anteriormente, o Rapid E-learning investe no trabalho em ciclos curtos que se repetem, como uma espiral.
Desta forma, o desenhista instrucional (DI) não mais espera o final de um ciclo para dar início ao ciclo seguinte, nem deixa de voltar aos ciclos iniciais durante todo o processo.
Desta forma, a criação de um protótipo de uma tela, por exemplo, pode ser realizada pelo próprio desenhista instrucional sem precisar de nenhum conhecimento técnico. Para tanto, é preciso trabalhar com um repositório de modelos instrucionais, também chamado na QuickMind de biblioteca de templates.
O trabalho com o modelo espiral também permite que o curso on-line esteja sempre de acordo com a visão do cliente e os conceitos pedagógicos mais adequados, pois o cliente pode participar da produção através de validações cíclicas das pequenas partes do produto à medida que elas são criadas.
É neste momento que o Rapid E-learning mostra sua capacidade de diminuir consideravelmente o tempo de produção de um curso, pois com a utilização dos protótipos, o desenhista instrucional não precisa mais criar storyboards visuais e ainda pode testá-los junto 5 ao cliente sem se preocupar com o prazo e o custo de retrabalhos.
Outra vantagem da mudança do storyboard é que, por perder seu caráter extremamente visual, os desenvolvedores de conteúdo são estimulados a fixar sua atenção especificamente no conteúdo e não na forma. Portanto, o Rapid E-learning consegue agilizar o desenvolvimento dos cursos sem perder o foco na qualidade, pois ele permite que cada ciclo receba a atenção necessária, tanto do DI quanto do cliente.
Além disso, permite que o índice de correções seja minimizado com as validações cíclicas feitas sempre que o DI sentir necessidade de confirmar ou retificar determinada parte do curso. Como visto, o ciclo de produção no Rapid E-learning acontece em paralelo com os outros ciclos.
Desde o início do projeto, são desenvolvidos o Plano de Identidade Visual (interface do curso) e os possíveis personagens do curso, caso esse recurso seja previsto. A partir dessa definição, a produção acontece de acordo com as necessidades do desenhista instrucional, que pode solicitar novos templates ou aproveitar os disponíveis na biblioteca.
O produto final da produção é uma versão alfa do curso, que pode ser instalada e testada no LMS do cliente. Após a aprovação final, o curso on-line está pronto para ser implementado e, caso necessário, acompanhado através de monitoramento e tutoria.
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